O FUTURO NÃO EXISTE

Por Ricardo Almeida

"Eu vejo o futuro repetir o passado. Vejo um museu de grandes novidades. O tempo não pára" - Cazuza

Nós aprendemos a voar para o futuro como um bando de pássaros e não como folhas soltas no ar. Há tempo que viemos destruindo ilusões e preconceitos. E, felizmente, hoje vivemos num tempo em que o conhecimento quebrou distâncias: Se antes éramos de uma "tribo", hoje somos da "tribo" planetária. Se realmente amamos a natureza, hoje nos consideramos totalmente parte dela. Se só existe uma raça, somos da raça humana. Se agora eu estou aqui, daqui a pouco estarei na casa de cada um(a), em qualquer cidade e em qualquer país, via rede de relacionamentos muito (muito!) diversificada. Em cada gesto, em cada ser humano, é possível ver a humanidade inteira. Ou seja, a realidade se tornou bem mais complexa, mas as pessoas já possuem muito mais informações e conhecimento do que antes.

Se algumas daquelas velhas ilusões caíram por terra, é que as nossas certezas já não existem mais. Maravilha! Neste longo tempo aprendemos que o futuro não existe, mas é nele que iremos viver... Portanto, agora sabemos que tudo depende fundamentalmente do que a gente faz aqui e agora, mas com toda a consciência prática/humana/crítica/histórica/sensível que adquirimos naquela nossa bela e contraditória experiência de vida.

Agora, depois de tanto tempo vemos que a nossa imaginação ainda não chegou ao poder... Mas conseguimos significativos avanços democráticos. Apesar de tropeços, erros, desistências e desilusões de companheiras e companheiros, uma guerra de posições e de movimentos continua existindo e a luta de alguns ainda permanece permanente. Se demos muitos passos atrás, agora é preciso dar dois ou três passos à frente. Se é que aprendemos que em qualquer época, em qualquer lugar e em qualquer país, o importante é que tudo seja construído com aquela mesma emoção e paixão que nos motivou a construir sonhos e à realizar as nossas fantasias. Ou seja, o tempo não pára e nem a emoção desaparece assim, assim...

Se muitos daqueles que deviam ensinar a ver e a transformar a realidade estão servindo apenas para iludir as pessoas, devemos lembrar que a ousadia sempre nos pertenceu e assim vamos prosseguir até encontrar a primavera dos nossos sonhos. Amigos e amigas. Um grande e fraterno abraço

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