SÃO PAULO, 1976

Por Dirce S. Carvalho
X Congresso Brasileiro de Arquitetos e Encontro de Estudantes de Arquitetura. Marco histórico.Muito protesto. Foi o primeiro congresso depois do Ai5. Mais de 3 mil pessoas.Ibirapuera.profissionais, professores que haviam sido cassados pela repressão.Demétrio Ribeiro e outros participando.Panfletos de todo o lugar, esperavam mil pessoas!tinha gente de todo o Brasil.Também tinha 'rato' por todo o lugar.Fomos junto com o pessoal da UFRGS,MAS EM ONIBUS PRÓPRIO.ERA ONIBuS DE LINHA URBANA!Foi mum louca viagem regada a vinho, "tigrinhas" e "zebrinhs"! Alõ, Martha Amaral.O Encontro terminou apoteóticamente com show do Gonzaguinha, ao ar livre. No final ,cercado de policiais fardados, mais de 10 lado a lado com ele no palco.Foram se chegando , até que o cercaram, para forçar terminar o show que já tibha sido bisado muitas vezes.Ele, o Moleque, ficou impassivel como se nada estivesse acontecendo.Seguiu cantando até despedir-se do publico.Assisti ao show, eu a Silvia Kortina porque ficamos em São paulo, e o pessoal de Pelotas teve de retorna antes do show.Livres memórias!

Por Ricardo Almeida
Quando fomos a São Paulo naquele Congresso de Arquitetos, assisti uma peça do Guarnieri que se chamava Ponto de Partida (com Othon Bastos, Sérgio Ricardo e acho que a Lilian Lemertz). A peça falava de um poeta que amanhece enforcado numa praça (alusão a W.Herzog, morto em 75) e cujo cartaz do Elifas Andreato mantive colado em meu quada-roupas de estudante por muitos anos. Dela ficou a seguinte mensagem que serve para este encontro do março:

"Tenho pra minha vida
A busca como medida
O encontro como chegada
E como ponto de partida" (Sérgio Ricardo)

O Nenê conhece bem essa estrofe... Acho que cantamos juntos algumas vezes.

3 comentários:

  1. Dirce, como deves lembrar participei do X Congresso de Arquitetura em São Paulo. Realmente foi uma coisa impressionante a forma como nossas cabeças abriram e pelas pessoas que lá conhecemos. Também pelas idéias ultravanguardistas das palestras de tantos mestres que ouvimos.

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  2. Mas bah, Vagareza, lembro bem desta peça que assistimos em São Paulo: Ponto de Partida do Guarniere.

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  3. Isso aí, Ronaldo. O Guto King também estava nessa! Cara, nesta época também assistimos a um filme que se chama NINA 1940, sobre o amor "ardente" de uma jovem judia e de um soldado (oficial?) alemão. Lembras disso?

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