O AMIGO QUE SE FOI...

Por Helder Machado (email enviado ao amigo Paulo Brum)


Tambem senti as lágrimas no rosto quando minhas irmãs me ligaram comunicando a morte de noso amigo Flávio.

Convivíamos desde 1970, quando entrei no colégio agrícola. Fizemos cmpanha para o seu Rudi, pai dele, juntamente com Volnei, Jorge Antonini, José Hilton, AdãoMachado e muitos outros que começavam a conversar sobre o combate a ditadura.

Cada um com alguma experiência anterior. A minha era da UPES em que meu irmão havia sido da diretoria em 68, quando junto com outros secundaristas foram presos e levados a Porto Alegre. O Lélio Souza, Enilton e outros monitoraram suas prisões para que não fossem torturados.

Mais tarde encontramos o Paulo Assi, o Voltan, e através da participação em alguns movimentos já na Universidade, o Artur Pereira da Silva e os companheiros que participaram do protesto do Campus, ( a caminhada dos 400). O Flávio havia sido eleito pelo nosso grupo para ser o nosso representante e do MDB jovem na participação eleitoral, por pegar votos na Colônia e na Cidade.

Estive com êle duas vezes este ano. Na primeira vez senti que estava melhor, com esperança de recompor as lesões de sua face e demais locais atingidos pela enfermidade.

Por ocasião do último feriado de Carnaval,quando lá estive, conversei com a sua mãe e com êle e não o achei nada bom. Estava com uma infecção no rosto um pouco arrochado.Maspior de tudo com muito pouco ânimo.

Um dia êle me falou quando era vereador. Helder, voces estão indo embora e eu continuo na militância Política, já desisti da faculdade.

Pasou momentos e julgamentos difíceis por não ser reconhecido nem compreendido pela nova gerçaõ de militância. Passou por alguns partidos pocurando espaço e desistiu de concorrer. Aplicou todas as suas economias na luta política.

Viveu pela liberdade e democracia exatamente 38 anos de sua vida.


Por André Hypólito


Quando me formei em medicina em 1981 o Flavio me procurou e perguntou se eu estava interessado em montar na Colonia Progresso um Programa de Medicina Comunitária. Fiquei entusiasmado e fui morar naquela comunidade onde, juntos, montamos um trabalho pioneiro no interior de Pelotas. Lá dediquei em tempo integral mais de quatro anos de minha vida como médico. Este trabalho deu origem a vários programas comunitários em Medicina Rural em Pelotas. Fiz muitos partos, cirurgias no Ambulatório Comunitário do décimo Distrito de Pelotas ( hoje Arroio do Padre Município). E quando o Flávio foi candidato a Prefeito pelo PT, lá na Colonia Progresso,vencemos a eleição com larga margem em relação ao outros partidos demonstrando que quando há percepção da população os resultados eleitorais são possiveis.

Me orgulho de ter feito história contigo.

Saudades! Adeus Flávio!


Por Paulinho Nogueira


André. Isso que escreveste me emocionou bastante. Em poucas palavras me fizeste ver o Flávio e remeto mais a tí. Lembro de quando foste trabalhar na Colônia Progresso, o que foi para mim uma tomada de atitude de tua parte, que saia da teoria para a prática. Éramos todos sonhadores e tua decisão me impactou em direção a maturidade. Saudades! Beijos e abraços!!!

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